Câncer Bucal: conhecimento de cirurgiões-dentistas e acadêmicos de odontologia

Autores

  • Elano Pádua Albuquerque do Nascimento Universidade Estadual do Piauí/ Ex aluno Bolsista do PIBIC CNPQ UESPI 2011/2012
  • Luciana Tolstenko Nogueira Universidade Estadual do Piauí/Professora Adjunto 40 horas
  • Thalisson Saymo de Oliveira Silva
  • Robson de Sousa Ferreira
  • Carla Ohana Braga Pinheiro

Palavras-chave:

Odontologia

Resumo

O câncer de boca é um problema sério e crescente em muitas partes do globo, podendo ser considerado a quinta neoplasia mais comum no mundo. O objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento dos cirurgiões-dentistas (CD) da rede de saúde pública e dos acadêmicos do último ano do curso de odontologia da Universidade Estadual do Piauí – UESPI sobre o câncer de boca na cidade de Parnaíba–PI. Realizou-se um estudo quantitativo, descritivo, transversal e inferencial no qual foi aplicado um questionário a 30 acadêmicos e 21 dentistas. Entre os entrevistados verificou-se que a grande maioria revelou ser baixo seu nível de confiança para realizar procedimentos de diagnóstico de câncer bucal, apesar de praticamente a metade deles autoavaliarem como bom o seu conhecimento sobre a patologia. Enquanto 90,5% dos CD informou realizar exame na busca por lesões suspeitas na primeira consulta, apenas 56,7% dos estudantes o fazem, e menos de 15% da amostra obteve conceito final ótimo no conhecimento. Conclui-se que a maioria dos entrevistados sente-se insegura e não preparada a realizar o diagnóstico da neoplasia, havendo a necessidade de reformulação do ensino no tocante ao assunto, a fim de capacitá-los para a prevenção e o diagnóstico precoce da doença.

Biografia do Autor

Elano Pádua Albuquerque do Nascimento, Universidade Estadual do Piauí/ Ex aluno Bolsista do PIBIC CNPQ UESPI 2011/2012

O câncer de boca é um problema sério e crescente em muitas partes do globo, podendo ser considerado a quinta neoplasia mais comum no mundo. O objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento dos cirurgiões-dentistas (CD) da rede de saúde pública e dos acadêmicos do último ano do curso de odontologia da Universidade Estadual do Piauí – UESPI sobre o câncer de boca na cidade de Parnaíba–PI. Realizou-se um estudo quantitativo, descritivo, transversal e inferencial no qual foi aplicado um questionário a 30 acadêmicos e 21 dentistas. Entre os entrevistados verificou-se que a grande maioria revelou ser baixo seu nível de confiança para realizar procedimentos de diagnóstico de câncer bucal, apesar de praticamente a metade deles autoavaliarem como bom o seu conhecimento sobre a patologia. Enquanto 90,5% dos CD informou realizar exame na busca por lesões suspeitas na primeira consulta, apenas 56,7% dos estudantes o fazem, e menos de 15% da amostra obteve conceito final ótimo no conhecimento. Conclui-se que a maioria dos entrevistados sente-se insegura e não preparada a realizar o diagnóstico da neoplasia, havendo a necessidade de reformulação do ensino no tocante ao assunto, a fim de capacitá-los para a prevenção e o diagnóstico precoce da doença.

Luciana Tolstenko Nogueira, Universidade Estadual do Piauí/Professora Adjunto 40 horas

O câncer de boca é um problema sério e crescente em muitas partes do globo, podendo ser considerado a quinta neoplasia mais comum no mundo. O objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento dos cirurgiões-dentistas (CD) da rede de saúde pública e dos acadêmicos do último ano do curso de odontologia da Universidade Estadual do Piauí – UESPI sobre o câncer de boca na cidade de Parnaíba–PI. Realizou-se um estudo quantitativo, descritivo, transversal e inferencial no qual foi aplicado um questionário a 30 acadêmicos e 21 dentistas. Entre os entrevistados verificou-se que a grande maioria revelou ser baixo seu nível de confiança para realizar procedimentos de diagnóstico de câncer bucal, apesar de praticamente a metade deles autoavaliarem como bom o seu conhecimento sobre a patologia. Enquanto 90,5% dos CD informou realizar exame na busca por lesões suspeitas na primeira consulta, apenas 56,7% dos estudantes o fazem, e menos de 15% da amostra obteve conceito final ótimo no conhecimento. Conclui-se que a maioria dos entrevistados sente-se insegura e não preparada a realizar o diagnóstico da neoplasia, havendo a necessidade de reformulação do ensino no tocante ao assunto, a fim de capacitá-los para a prevenção e o diagnóstico precoce da doença.

Referências

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Publicado

2014-10-14

Edição

Seção

Artigos Originais