Incidência de bactérias multirresistentes em uma unidade de terapia intensiva

Autores

  • Magno Rodrigues de Carvalho FACULDADE INTEGRAL DIFERENCIAL
  • Isabel Cristina Cavalcante Carvalho Moreira FACULDADE INTEGRAL DIFERENCIAL
  • Francina Lopes Amorim Neta
  • Maria do Socorro Oliveira Guimarães
  • Vicente Galber Freitas Viana
  • Francisco Weslley de Oliveira

Palavras-chave:

ENFERMAGEM

Resumo

O objetivo desse estudo foi investigar as infecções hospitalares por microrganismos multirresistentes em uma Unidade de Terapia Intensiva de um hospital de urgência do Piauí. Trata-se de um levantamento epidemiológico, descritivo e retrospectivo. Teve uma amostra de 58 prontuários, onde (74,1%) eram do sexo masculino e foram submetidos a vários procedimentos invasivos. A taxa de mortalidade foi de 29,3%. Quanto à causa de internação 50% dos pacientes foram internados por politrauma e traumatismo crânio. Os microrganismos Acinetobacter baumannii e o Estaphylococcus sp. foram os mais evidentes. Quanto a topografia, 69% dos pacientes apresentaram infecção respiratória e 13,8% infecção de corrente sanguínea. Os microrganismos evidenciaram maior resistência aos fármacos: clidamicina, ceftriaxona, ceftazidima, ciprofloxacino, ampicilina-sulbactam, imipenem e cefepima. Conclui-se que os microrganismos multirresistentes são um grave problema na Unidade de Terapia Intensiva e as bactérias resistentes a sub-classe do carbapenêmicos desenvolveram também resistência a fármacos pertencentes principalmente a classe dos b-lactamicos.

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Publicado

2015-08-24

Edição

Seção

Artigos Originais