Efeito dos antissépticos com e sem álcool sobre a microbiota oral

Authors

  • Luanne Mara Matos Faculdade Integral Diferencial
  • Lucas Portela Oliveira
  • Maraisa Greggio Delboni Serra e Silva
  • Marcelo Lopes Silva

Keywords:

Odontologia

Abstract

Objetivo: Este trabalho avaliou o efeito antisséptico da clorexidina 0,12% sem álcool e do cetilpiridinio 0,5% com álcool sobre os microorganismos presentes na cavidade bucal, evidenciando o potencial redutor de modo comparativo. Metodologia: Foram selecionados 14 voluntários, acadêmicos do curso de Odontologia, com faixa etária entre 18 e 25 anos, de ambos os gêneros e raça aleatória, que se submeteram à pesquisa através da coleta de seu conteúdo salivar, imediatamente antes e após bochechos com antissépticos, com intervalo de tempo de 7 dias para cada novo antisséptico a ser verificado. Os antissépticos pesquisados, possuem como princípio ativo o digluconato de clorexidina 0,12%, cloreto de cetilpiridinio 0,5%, além de um antisséptico à base de óleos essenciais. Os mesmos variavam entre a presença, ou não, de álcool em sua composição. Foram utilizados corpos descartáveis com volume de 50ml. Desta forma, 2,0 ml de saliva não estimulada foi coletada de cada voluntário, sendo a mesma diluída, semeada em ágar sólido bhi, incubada a 37ºc por 48 horas. As unidades formadoras de colônias (ufc/ml) foram calculadas a partir do cálculo de potencial de redução. Os dados obtidos foram submetidos ao teste estatístico ANOVA e Tukey's Multiple Comparison test., considerando p < 0,05. Resultados: os referidos antissépticos mostraram redução estatisticamente significante, quando comparados ao grupo controle. A clorexidina 0,12% sem álcool apresentou, de forma estatisticamente significante, melhores resultados quando comparada ao cetilpiridinio 0,5% com álcool.  Conclusão: observa-se uma redução significativa de microorganismos nos antissépticos que não possuem álcool em sua composição.

Palavras chaves: Antissépticos bucais. Microbiota. Saliva.

References

ANDREOLLI, R. S.; LARA, G.H.E. Avaliação "in vitro" da eficácia de enxaguatórios bucais remineralizantes. Infarma, RibeirãoPreto, v.16, n. 7-8, p.58-63, 2004.

ARMENTA, S.; TURRILLAS, M.F.E.; QUINTAS, G.; GARRIGUES, S.; PASTOR,A.; LA GUARDIA, M. Development of a simple and low cost device for vapour phase Fourier Transform Infrared spectrometry determination of ethanol in mouthwashes. Analytica Chimica Acta, v.569, n.1, p.238-243, 2006.

BAHNA, P.; HANNA, H. A.; DVORAK, T.; VAPORCIYAN, A.; CHAMBERS, M.; RAAD, I. Antiseptic effect of a novel alcohol-free mouthwash: A convenient prophylactic alterntive for high-risk patients. Oral Oncology, v.43, p.159-164, 2007.

BLANC, S.A.L.; BARUZZI, A.M.; PANNUTI, C.M. Colutórios que contém alccol e câncer bucal – Revisão de estudos epidemiológicos. Revista de Periodontia, v.17, n.4, dez, 2007.

CARRETO PELÁEZ, M.A, ESPARZA GÓMES,G.C, FIGUERO RUIZ, E. CERECO, L.R. Alcohol- containing mouthrinses and oral cancer. Critical analysis of literature. Med Oral, v.9, p 166-173, 2004.

ENNIBI,O.; LAKHDAR, L.; BOUZIANE, A.; BENSOUDA, Y.; ABOUGAL, R. Chlorhexidine alcohol base mouthrinse versus Chlorhexidine formaldehyde base mouthrinse efficacy on plaque control: Double blind, randomized clinical trials. Med Oral Patol Oral Cir Bucal. 2013 Jan 1;18 (1):e135-9.

ENRILE DE ROJAS, F.J.; SANTOS, A. A.Colutorios para el control de placa y gingivitis basados en la evidencia científica. RCOE, v.10, n.4, p. 445-452, 2005.

GARCÍA, V.; RIOBOO, M.; SERRANO, J.; O’CONNOR, A.; HERRERA, D.; SANZ, M. Plaque inhibitory effect of a 0.05% cetyl-pyridinium chloride mouth- rinse in a 4-day non-brushing mode. Int J Dent Hygiene, v. 9, p. 266–273, 2011.

GERBRAN P. M.; GEBERT.O.P.A. Controle químico e mecânico de placa Bacteriana. Tuiuti: Ciência e Cultura, Curitiba, v. 03, n. 26, p. 45-58, jan, 2002.

HASS, A.N.; FLORES, M.F.; PELINO, J.; GATTA, A.D. Dental Students’ Overall Knowledge Regarding Oral Antiseptics. Revista de Periodontia, v.20, n.3, set, 2010.

HASTURK, H.; NUNN, M.; WARBINGTON, M.; VAN DYKE, T.E. Efficacy of a Fluoridated Hydrogen peroxide-based Mouthrinse for the treatment of gengivitis: a randomized clinical trial. J Periodontal, v.75, n.1, p.57- 65, 2004.

HORTENSE, S. R.; CARVALHO,E.S.; CARVALHO, F.S.; SILVA, R.O.R.; BASTOS, J.R.M.; BASTOS,J.R.M. Uso da clorexidina como agente preventivo e terapêutico na Odontologia. Revista de odontologia da Universidade da Cidade de São Paulo; 22(2): 178-184, maio-ago. 2010.

LACHENMEIER, D.W.; MONAKHOVA, Y.B.; MARKOVA, M.; KUBALLA, T.; REHM,J. What happens if people start drinking mouthwash as surrogate alcohol? A quantitative risk assessment. Food and Chemical Toxicology, v.51, p.173-178, 2013.

LORCA, S.A.; CARRASQUER, B.A. Efecto local de los colutorios con contenido alcohólico: revisión de la literatura. RCOE, 2005, v.10, n.4, p.407-412, 2005.

MONFRIN, R.C.P.; RIBEIRO, M.C. Avaliação in vitro de anti-sépticos bucais sobre a microbiota da saliva. R. Assoc. Paul. Cir. Dent., São Paulo, v.54, n.1, p.401-407, 2000.

MENDES, M. M. S.; ZENÓBIO, E. G.; PEREIRA, O. L. Agentes químicos para o controle da placa bacteriana. Periodontia, Fortaleza, v.5, n.2, p.253-256, 1995.

MOREIRA, A.C.A.; PEREIRA, M.H.Q.; PORTO, M.R.; ROCHA, L.A.P.; NASCIMENTO, B.C.; ANDRADE, P.M. Avaliação in vitro da atividade antimicrobiana de antissépticos bucais. Revista de Ciências médicas e biológicas, Salvador, v.8, n.2, p.153-161, mai./ago, 2009.

REIS, L. M.; RABELLO, B.R.; ROSS, C.; SANTOS, L.M.R. Avaliação da atividade antimicrobiana de antissépticos e desinfetantes utilizados em um serviço público de saúde. Revista brasileira de Enfermagem,Brasília, v.64, n.5, p. 870-875,set-out. 2011.

ROCHA, B.B.G.C.; REIS, C. PIMENTA.C.F. Contagem e identificação de microrganismos na saliva de portadores do vírus da imunodeficiência humana antes e após higienização e bochecho com antissépticos. Revista de Patologia Troopical, Goiânia, v.35, n.2, p. 125-133, maio-ago, 2006.

SAAD.S; GREENMAN. J.; SHAW. H. Comparative effects of various commercially available mouthrinse formulations on oral malodour. Oral Diseases, v.17,p. 180–186, 2011.

SANTOS, S.S.F. ARANTES, J.G.; LEÃO, M.V.P.; JORGE, A.O.C. Avaliação do efeito overnight de antissépticos bucais. ClipeOdonto,v.3, n.1, p.9-12, 2011.

SOUZA, R.R.; ABREU, M.H.N.G. Análise crítica da indicação da clorexidina no controle da placa bacteriana e doença periodontal. Arq. Odontol., Belo Horizonte, v.39, n.3, p.163-254, 2003.

ZANIN, S. M. W.; MIGUEL, M. D.; BARREIRA, S. M. W.; NAKASHIMA, T. ; CURY, C. D.; COSTA, C. K. Enxaguatório Bucal: principais ativos edesenvolvimento de fórmula contendo extrato hidroalcoólico de Salviaofficinalis L. Visão Acadêmica, Curitiba, v.8, n.1, jan– jun, 2007.

Published

2016-01-27

Issue

Section

Artigos Originais