Avaliação da qualidade higiênico-sanitária em restaurantes self-service do município de Picos-PI.
Resumo
Este estudo teve como objetivo avaliar a qualidade higiênico-sanitária e o binômio tempo-temperatura em restaurantes do tipo self-service localizados na cidade de Picos-PI. Aplicou-se um check-list baseado na legislação vigente no país e aferiu-se a temperatura das cubas expositoras através de um termômetro digital infravermelho. Quanto à qualidade higiênico-sanitária, os resultados revelaram 40,21% de adequação dos estabelecimentos, o que os classificaram como estabelecimentos “ruins”, sendo a falta de documentação o pior quesito avaliado (75% de inadequação), seguido do aspecto dos manipuladores (53,56% de inadequação). Com relação ao binômio tempo-temperatura, observou-se inadequações nas preparações quentes: carnes e preparações cárneas (96,7%); legumes refogados e tubérculos, farofas, massas, feijão, arroz e preparações associadas estavam com 100% de inadequação; e frias: frutas, saladas cruas/cozidas (100%) e sobremesas frias (95,2%). Concluiu-se que os restaurantes avaliados não estão adequados em relação à legislação, apresentando risco de contaminação e surgimento das doenças transmitidas por alimentos.
Referências
AMORIM, M. M. A; PINHEIRO, A. F. Auditoria nas temperaturas das preparações quentes servidas no fogão a lenha de um restaurante comercial de Belo Horizonte, MG. II Seminário de Gestão de Pessoas nas Organizações de Saúde. Belo Horizonte. Resumos. Anais II Seminário de Gestão de Pessoas nas Organizações de Saúde. Escola de Enfermagem da UFMG. Belo Horizonte, UFMG, 2012.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE REFEIÇÕES COLETIVAS (ABERC). Manual ABERC de práticas de elaboração e serviço de refeições para coletividade. versão 8, 8. ed. São Paulo. 2015.
BARBIERE, R. R.; ESTEVES, A. C.; MATOSO, R. Monitoramento da temperatura de preparações quentes e frias em uma unidade de alimentação e nutrição. Hig. Alim., v. 25, n. 194/195, p. 40-45, 2011.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n. 275, de 21 de outubro de 2002. Dispõe sobre o regulamento técnico de procedimentos operacionais padronizados aplicados aos estabelecimentos produtores /industrializadores de alimentos e a lista de verificação. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. 2002.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC 216, de 15 de setembro de 2004. Dispõe sobre regulamento técnico de boas práticas para serviços de alimentação. Brasília, 2004.
CALADO, I. L.; RIBEIRO, M. C. S.; FROTA, M. T. B. A. Avaliação da temperatura dos alimentos na etapa de distribuição em restaurantes self service de São Luís - MA. Hig. Alim., v. 23, n. 174/175, p. 117-122, 2009.
CENTRO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Portaria CVS 5/2013, de 09 de abril de 2013. Centro de Vigilância Sanitária, da Coordenadoria de Controle de Doenças, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, São Paulo, 09 abr. 2013.
FONSECA, M. P. et al. Avaliação das condições físico funcionais de restaurantes comerciais para implementação das boas práticas. Alim. Nutr., v. 21, n. 2, p. 251-257, 2010.
LUND, B. M.; O'BRIEN, S. J. Microbiological safety of food in hospitals and other healthcare settings. J Hosp Infect. vol. 73, n. 2, p. 109-20, 2009.
MARINHO, C. B.; SOUZA, C. S.; RAMOS, S.A. Avaliação do binômio tempo-temperatura de refeições transportadas. E-scientia, v. 2, n. 1, 2009.
MESSIAS, G. M., et al. Avaliação das condições higiênico-sanitárias de restaurantes do tipo self service e do conhecimento dos manipuladores de alimentos quanto à segurança do alimento na cidade do Rio de Janeiro, RJ. Revista Eletrônica Novo Enfoque, vol. 17, n. 17, p. 73-88, 2013.
PROENÇA, R. P. C.; SOUSA, A. A.; VEIROS, M. B.; HERING, B. Qualidade nutricional e sensorial na produção de refeições. Florianópolis: Ed. da UFSC, p.221, 2005.
ROCHA, B. et al. Avaliação das condições higiênico-sanitárias e da temperatura das refeições servidas em restaurantes comerciais do tipo self service. Revista do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Extensão do UNIPAM, v. 1, n. 7, v. 1, p. 30-40, ago. 2010.
SACCOL, A. L. F. et al. Importância de Treinamento de Manipuladores em Boas Práticas. Disc. Scientia. Série: Ciências da Saúde, Santa Maria, v. 7, n. 1, p. 91-99, 2006.
SANTOS, M. O. B.; RANGEL, V. P.; AZEREDO, D. P. Adequação de restaurantes comerciais às boas práticas. Hig. Alim., v. 24, n. 190/191, 2010.
SÃO JOSÉ, J. F. B.; COELHO, A. I. M.; FERREIRA, M. A. Avaliação das boas práticas em uma unidade de alimentação e nutrição no município de Contagem – MG. Alim. Nutr, v. 22, n. 3, p. 479-487, 2011.
SCHIMANOWSKI, N. T. L.; BLÜMKE, A. C. Adequação das boas práticas de fabricação em panificadoras do município de Ijuí-RS. Braz. J. Food Technol., v. 14, n. 1, p. 58-64, 2011.
SILVA, C. B. G.; ALMEIDA, F. Q. A. Qualidade na produção de refeições de uma unidade de alimentação e nutrição (UAN). Revista Simbio-Logias, v. 4, n. 6, p. 155-162, 2011.
SILVA, L. C.; SANTOS, D. B.; SÃO JOSÉ, J. F. B.; SILVA, E. M. M. Boas práticas na manipulação de alimentos em unidades de alimentação e nutrição. Revista Demetra: Alimentação, Nutrição & Saúde, v. 10, n. 4, p: 797-820, 2015.
VENTIMIGLIA, T. M.; BASSO, C. Tempo e temperatura na distribuição de preparações em uma unidade de alimentação e nutrição. Disc. Scientia. Série: Ciência da Saúde, Santa Maria, v. 9, n.1, p. 109-114, 2008.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Transferência de Direitos Autorais
Declaro que em caso de aceitação do artigo, concordo que os direitos autorais a ele referentes se tornarão propriedade exclusiva da Revista Interdisciplinar.
Assinatura do(s) autor(es)
Data: _____________________________________________________________________
Envio de manuscritos
Os manuscritos devem ser enviados pelo sistema eletrônico para a Revista Interdisciplinar.